Joel Amaral, apoiante de Venâncio Mondlane, encontra-se em cuidados intensivos após ataque a tiro em Quelimane
Joel Amaral, apoiante de Venâncio Mondlane, encontra-se em cuidados intensivos após ataque a tiro em Quelimane
As autoridades de saúde confirmaram esta segunda-feira, 14 de Abril, que Joel Amaral, apoiante do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, está em cuidados intensivos no Hospital Central de Quelimane (HCQ), mas com evolução clínica positiva, após ter sido alvejado no bairro Cualane 2.º no domingo, 13 de Abril.
De acordo com Palmira Nascimento, porta-voz do HCQ, Amaral apresenta uma lesão no couro cabeludo, mas exames médicos confirmaram que o projétil não atingiu o crânio.
"O paciente foi submetido a uma limpeza cirúrgica minuciosa, e não foi detectada a presença da bala. Ele está consciente, comunicativo e já recebeu visita da família. Continuamos a monitorizar a sua evolução", explicou Nascimento.
Venâncio Mondlane deslocou-se a Quelimane para visitar o colaborador, que também é músico e autor de temas de campanha utilizados nas eleições autárquicas (2023) e presidenciais (2024). Nas redes sociais, Mondlane classificou o ataque como parte de um "cenário de perseguição a apoiantes e à liberdade de expressão", apelando à união contra a violência.
Reações e Contexto Político
O Presidente Daniel Chapo emitiu uma nota de repúdio ao atentado, desejando pronta recuperação à vítima e solidarizando-se com familiares e amigos:
"Este acto de violência é inaceitável e fere os princípios democráticos que defendemos. Moçambique deve ser um país de paz, onde o diálogo prevalece sobre a intolerância."
O incidente ocorre num momento de tensões políticas pós-eleitorais. Em 2024, o assessor jurídico de Mondlane, Elvino Dias, e o mandatário do Podemos, Paulo Cuambe, foram assassinados em Maputo, levando a protestos que resultaram em centenas de mortes, segundo organizações civis.
Em 23 de Março, Mondlane e Chapo reuniram-se para discutir a pacificação do país, comprometendo-se a reduzir a violência.
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